Estela 2 - 1 Leões Bairristas (Após prolongamento)

Grande jogo!
A tarde do passado sábado esteve perto de ser perfeita, em termos desportivos, para a equipa da Estela. O detalhe que faltou foi nada mais, nada menos que o apuramento para a final da Taça dos Campeões. De resto, estava lá tudo. Um ambiente fantástico, muita gente a assistir, motivação e expectativas no máximo e uma grande equipa - a dos Leões Bairristas - a defrontar uma equipa enorme.
A dificuldade da tarefa da equipa estelense não se limitou apenas ao valor do seu adversário mas, juntamente a isso, existia também a desvantagem de 2-0 trazida do jogo da primeira mão, o terreno castigado pela chuva (é certo que o terreno estava igual para as duas equipas mas quem precisava de construir jogo e golos era a Estela) e o cronómetro que corria sempre a favor da equipa visitante.
Nada foi suficiente para fazer a equipa estelense desacreditar na passagem à final e isso ficou bem patente desde o apito inicial do árbitro. A Estela começou logo a imprimir um ritmo muito elevado no jogo tentando chegar ao golo o mais rápido possível. As oportunidades para tal foram aparecendo, algumas bem evidentes, das quais se destacam um cabeceamento a rasar a barra e um remate bem direccionado que foi desviado por um adversário que, literalmente, atirou o corpo à bola.
Contrariamente àquilo que as condições do terreno poderiam levar a pensar, assistiu-se a excelentes jogadas colectivas, bem organizadas e mantendo sempre o objectivo na baliza adversária. Contudo, na primeira parte não aconteceu qualquer golo. Assim, o tempo que a Estela tinha para evitar a eliminação reduziu para 45 minutos.
Na segunda parte a atitude foi a mesma, ou melhor. A equipa da casa esteve sempre a pressionar o seu adversário mostrando que não iria abrandar enquanto o resultado não lhe fosse favorável.
A pressão estelense teve resultados aproximadamente aos 15 minutos da segunda parte quando foi inaugurado o marcador. A partir daí só faltava um golo para empatar a eliminatória. A Estela continuou a insistir, a jogar com a mesma intensidade e, mesmo a reduzida a 10 jogadores devido a uma expulsão a meio da segunda parte, conseguiu marcar o segundo golo. Nesse momento, a Estela vencia por 2-0 e tinha empatado a eliminatória. Aquilo que parecia improvável tinha sido alcançado.
Faltavam poucos minutos para os 90 mas a Estela ainda dispôs de, pelo menos, duas oportunidades para sentenciar a partida. Sem resultado.
O jogo seguiu para prolongamento e, com a excepção do desgaste físico e da inferioridade numérica, estava tudo como no início da eliminatória. Os primeiros 15 minutos não acrescentaram alterações significativas ao jogo enquanto que, na segunda parte do prolongamento, a equipa visitante conseguiu um golpe rude para o esforço estelense. O golo marcado, num lance de bola parada, obrigava a Estela a marcar por mais duas vezes para não ficar fora da final.
A Estela foi assim eliminada da Taça dos Campeões, saindo de cabeça erguida e, tendo em conta todas as circunstâncias, conseguiu um grande feito que só está ao alcance de equipas com grande carácter. Além disso, fica a certeza que a Estela foi afastada por uma boa equipa.


A Estela alinhou com:
Tiago Tomé, Helder Monte, Carlos Sousa, Miguel Fernandes, Manel, Vítor Brandão, José Augusto, Leandro Moreira, Helder Moreira, Paulo Costa e Pedro Gaiteiro.

Jogaram ainda: Pedro Maranhão, Tó, David e José António.

Marcadores: Paulo Costa e Tó.

Treinador: Carlos Gaiteiro.