Estela 2 - 2 Laundos

Antes do jogo correspondente à 24ª jornada, as equipas de Estela e de Laundos encontravam-se em igualdade pontual no topo da tabela. O ambiente em redor do desafio era de enorme expectativa e previa-se uma importante afluência de público ao estádio para assistir ao encontro. Teoricamente, este seria um jogo em que apenas a vitória satisfaria as intenções de qualquer uma das equipas. Na prática, essa vontade apenas foi demonstrada pela equipa da casa.
O jogo começou com meia hora de atraso devido a uma discrepância nos horários comunicados às equipas de Estela e Laundos e à equipa de arbitragem.
Durante a primeira parte assistiu-se a um jogo disputado de forma muito intensa, com uma grande luta pela posse da bola. A única oportunidade de golo do primeiro quarto de hora de jogo resultou no golo da Estela. A vantagem para a formação da casa foi de pouca dura uma vez que, num lance de muita infelicidade, o Laundos igualou a partida através de um golo na própria baliza.
Por esta altura já a formação estelense tinha tomado um ascendente na partida, conseguindo obter várias oportunidades de golo e, em duas delas, ouviram-se gritos de golo provenientes da bancada.
Apesar da superioridade da Estela, seria a equipa forasteira a adiantar-se no marcador, colocando o resultado em 1-2. Mais uma vez, a desigualdade manteve-se durante pouco tempo pois a Estela voltou a marcar um golo e definiu-se assim o resultado com que se chegaria ao intervalo.
Falta referir ainda da primeira parte -- que é a única parte que realmente interessa -- um detalhe importante para se perceber as mudanças que o jogo sofreu na segunda parte. Cerca de dois ou três minutos antes do intervalo, a equipa do Laundos ficou reduzida a dez unidades devido à expulsão de um dos seus elementos, por acumulação de amarelos. Esta expulsão, cuja justiça não merece discussão, veio exaltar os ânimos da formação visitante e, principalmente, do seu corpo técnico.
Após o intervalo, o jogo disputado que se presenciou na primeira parte deixou de existir por uma simples razão: uma equipa deixou de o disputar. Assistiu-se a um anti-jogo inimaginável por parte de uma equipa que lidera a classificação. Seria aquela a equipa do Laundos que ocupa o primeiro lugar na classificação, que venceu os últimos dois campeonatos e que pretende vencer novamente o campeonato? Suponho que não. Deve ser uma equipa com um nome semelhante (acho que a outra tinha um acento no nome!).
O anti-jogo do Laundos começou logo no início da segunda parte e consistia em perdas de tempo em todas as reposições de bola, simulações de faltas (com ordens claras por parte do treinador para "cavar" a falta) e simulações de lesões.
De tudo isto tiram-se várias conclusões. A primeira de todas é que o Laundos não queria jogar mais, queria que o jogo acabasse o mais depressa possível. Se a segunda parte não durasse 45 minutos seria perfeito para as suas aspirações.
Aproximadamente a 5 minutos dos 90, logo, com 10 ou 15 minutos para jogar ainda, devido às paragens do jogo, a Estela também ficaria reduzida a 10 elementos depois de uma falta e devido à acumulação de amarelos de um dos seus jogadores. No entanto, gerou-se uma quezília entre os jogadores envolvidos na falta. Esta situação, comum em todos os jogos, seria perfeitamente controlável apenas com a intervenção do juiz da partida mas, a equipa técnica do Laundos achou que não era suficiente e resolveu entrar em campo para dar o seu contributo, que foi prontamente seguida por adeptos visitantes (podia ser que a equipa técnica não desse conta do recado). Instalou-se a confusão, acabou o jogo.


Jogaram pela Estela:
Tiago Domingues, José Gonçalves, Carlos Sousa, Miguel Fernandes, Mário Moreira (Paulo Lourenço), Né (Ruben Moreira), Vítor Brandão (Claudio Costa), Hélder Moreira, Leandro Moreira, Paulo Costa, Pedro Gaiteiro (Fernando Fernandes).

Treinador: Carlos Gaiteiro.

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Hélder Moreira(2).