Estela 2 - 2 Retorta

O fim de semana passado foi dedicado aos jogos para a taça da federação, no qual se jogou a 2ª jornada da 2ª fase. A Estela recebeu o Retorta, do concelho de Vila do Conde que possuía os mesmos 3 pontos que a equipa da Estela.
Este jogo colocou frente a frente os líderes dos campeonatos dos concelhos vizinhos de Póvoa de Varzim e Vila do Conde daí que se perspectivasse um bom jogo de futebol. Pode-se considerar que foi o que aconteceu e que a formação estelense honrou o concelho a que pertence provando a superioridade do futebol poveiro.
No entanto, nem sempre o bom futebol que agrada aos adeptos e aos próprios jogadores, consegue vencer a partida.
O jogo começou com uma fase de estudo mútuo do adversário mas com a equipa da casa a mostrar claramente que pretendia assumir rapidamente o jogo. Passados poucos minutos o domínio do jogo já pertencia à Estela que praticava um futebol agradável mas sempre com a baliza adversária como objectivo. Não se pense com isto que a equipa de Retorta era apenas figurante no espectáculo uma vez que era um excelente equipa, muito unida e aguerrida e que pretendia provar que o facto de liderar o campeonato vilacondense não era obra do acaso.
A superioridade estelense traduziu-se em números depois de uma excelente jogada colectiva que apenas terminou no fundo da baliza adversária. Estava feito o 1-0 para a Estela.
O Retorta igualou a partida algum tempo depois na marcação de um livre directo à entrada da área.
Depois disto assistiu-se a um momento assinalável e digno do maior realce. Depois do golo do Retorta, a bola foi ao centro e os jogadores do Retorta só voltaram a tocar na bola quando a foram buscar ao fundo das suas redes. Não pretendo com isto realçar a velocidade com que aconteceu o golo porque até não foi uma jogada rápida. O ponto de destaque prende-se com o facto de se ter assistido a uma jogada indescritível (confesso que procurei no dicionário por sinónimos de genial, sublime, esplêndido, deslumbrante, hino, monumento, etc... mas nenhuma das palavras que encontrei se adequa àquilo que se passou naqueles breves minutos). A bola passou, seguramente, por todos os jogadores da equipa da Estela e, já na fase final da jogada, iniciou-se, na linha do meio-campo, uma sequência de movimentações e passes ao primeiro toque que apenas se vêem nos livros sobre futebol.
O resultado era de 2-1 para a Estela quando se atingiu o intervalo.
A segunda parte começou como tinha acabado a primeira, ou seja, com a Estela a fazer um controlo activo do jogo mas com o decorrer dos minutos, o Retorta começava a mostrar outra motivação para igualar novamente a partida. O jogo tornou-se mais equilibrado mas sem grande perigo para a baliza da Estela. Existiram algumas oportunidades de golo para a Estela que não foram concretizadas e o Retorta conseguiu também um cabeceamento perigoso à baliza da Estela.
A Estela dispôs das oportunidades mas, como diz um dos mais velhos ditados do futebol, quem não marca arrisca-se a sofrer. Foi o que aconteceu e na pior altura possível visto que o jogo estava praticamente no fim e as hipóteses de novo golo eram muito reduzidas.
O jogo terminou empatado a 2 golos mas com um enorme sentimento de frustração devido à superioridade revelada pela equipa da casa e ao modo como aconteceram os golos da equipa forasteira.


Estela jogou com:
Tiago Domingues, Paulo Lourenço, Carlos Sousa, Miguel Fernandes, Edson, Né, Vítor Brandão, Hélder Moreira, Leandro Moreira, Paulo Costa e Pedro Gaiteiro.

Jogaram ainda: Carlos Costa, Ricardo Moreira e José Gonçalves.

Treinador: Carlos Gaiteiro.


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