Averomar 2 - 1 Estela

Há mais de 6 meses, precisamente há 6 meses e 10 dias, que a Estela não sabia o que era perder. A última derrota aconteceu no dia 15 de Outubro de 2006 no jogo relativo à 7ª jornada do campeonato inter-freguesias. Depois desse dia a Estela realizou 29 jogos, todas as competições incluídas, sem conhecer o amargo sabor da derrota.
Depois de ter eliminado o Laundos na ronda anterior, a Estela teve de se deslocar ao minúsculo terreno do Averomar cujas dimensões me colocam dúvidas quanto ao respeito pelo regulamento, disputar os quartos-de-final da taça da Póvoa.
No campeonato, liderado pela Estela, existe uma diferença de 35 pontos entre ambas as equipas. Isto mostra o fracasso que tem sido o campeonato realizado pela equipa de Averomar que se assumiu como candidato ao titulo no início da competição. Além disso, essa equipa apenas conseguiu 9 vitórias enquanto que a equipa da Estela já tem 24 vitórias nessa prova. Quem viu o jogo percebeu perfeitamente porque é que esta equipa não tem conseguido bons resultados.
Ainda antes de falar do jogo propriamente dito, tenho que referir mais uma vez a falta de organização existente. Sabendo que o nosso jogo estava marcado para as 10h30, o balneário que, supostamente, era para os jogadores da Estela estava ocupado por uma equipa se encontrava a jogar e apenas terminaria o seu jogo às 10h30. O que não dá para perceber é como é que as pessoas responsáveis tanto de Averomar como da organização da prova fecham os olhos a esta situação demasiado habitual. Face a isto, lá tiveram os jogadores da Estela de arranjar um local para se equiparem, fora de qualquer balneário.
Quanto ao jogo, este começou com a Estela a assumir logo as despesas do jogo e, fruto disso, marcou cedo o primeiro golo da partida na marcação de uma grande penalidade. Esta aconteceu devido a uma entrada violenta de um jogador do Averomar sobre um jogador da Estela. O curioso deste lance é que o jogador faltoso não viu qualquer cartão ao contrário do que mandam as regras do jogo.
O jogo estava a ser dominado pela Estela mas, contra a corrente do jogo, a equipa da casa conseguiu igualar recorrendo a um pontapé digno dos melhores combates de kickboxing. Enquanto um jogador estelense se preparava para tirar a bola de perto da baliza, surge um elemento averomarense de perna levantada, com os pitões bem visíveis, a levar tudo na sua frente e a bola acabou por entrar na baliza. Depois disto o árbitro apitou mas ao contrário do que seria de esperar e do que seria justo (eu aqui falo em justiça mas esta palavra não tem o mínimo significado para o árbitro da partida) o apito não era para sancionar a falta mas sim para validar o golo a favor da equipa da casa.
A Estela não se deixou afectar pelos factos do jogo e realizou um conjunto de jogadas fantásticas, fazendo o adversário correr atrás da bola sem a mínima hipótese de a recuperar. Estas jogadas a que me refiro acabaram todas em boas oportunidades de golo mas sem o sucesso desejado.
O jogo só não teve mais jogadas como estas porque os jogadores da casa batiam em tudo que mexia (e às vezes até batiam no que não mexia).
O intervalo chegou e, por incrível que pareça, os jogadores da Estela tiveram direito a um balneário para descansarem.
A segunda parte não teve a genialidade da primeira por parte da equipa da Estela uma vez que a agressividade da equipa da casa começava a traduzir-se na diminuição do rendimento dos jogadores estelenses. No entanto, o jogo era controlado pela Estela que conseguiu algumas boas oportunidades para marcar mas a aliança existente entre a equipa de arbitragem e a equipa do Averomar anulava qualquer iniciativa ofensiva da Estela mal esta se aproximasse da baliza da equipa da casa.
Perto do final do jogo, na sequência de um cruzamento para a área, sem saber muito bem como, a equipa da casa marcou o segundo golo e colocou o resultado em 2-1.
O revoltante desta derrota é o sentimento de condenação à derrota que se começou a fazer sentir depois do árbitro ter assinalado um penálti a favor da Estela. Enquanto assinalava uma falta a favor da Estela, eram assinaladas 10 a favor do Averomar (e a equipa que batia em tudo que mexia era o Averomar). A enorme covardia do árbitro permitiu aos jogadores da casa fazer o que queriam e usar todos os meios para conseguir os seus objectivos. Como exemplo, fica aqui o "curriculo" bastante reduzido dos feitos dos elementos adversários: mão na bola dentro de área, mão na bola fora de área, mão na bola em qualquer lado, entradas violentíssimas, jogo com braços, cotoveladas, agarrar jogadores dentro de área, insultos ao árbitro (a um metro do árbitro), etc... Tudo isto aconteceu sem nenhuma sanção correspondente às acções praticadas.
A equipa adversária surpreendeu pelas suas limitações futebolísticas (e mentais também). De facto, a equipa do Averomar era incapaz de fazer mais de dois passes seguidos e a única forma que tinham de defender era deitar abaixo os jogadores adversários. Além disso, todos os seus jogadores partilham uma mentalidade anti-desportiva e conflituosa que não existe em mais nenhuma equipa da Póvoa.
Para terminar, fica o reconhecimento por parte dos jogadores do Averomar da superioridade da equipa da Estela através de festejos dignos de um vencedor da liga dos campeões.


Jogaram pela Estela:
Tiago Domingues, Miguel Fernandes, Carlos Sousa, Né, Mário Moreira, Sérgio, Vítor Brandão, Helder Moreira, Leandro Moreira, Paulo Costa e Pedro Gaiteiro.

Jogaram ainda: Carlos Costa e Ricardo Moreira.

Marcador: Helder Moreira.